7 de fevereiro de 2009

Um parêntesis

Ando estoirado.
Ainda não me recompus da viagem de trabalho, estou atolado em mil responsabilidades e o sono aparece quando não deve. Ou seja, à noite, quando devería descansar não consigo. Ou porque estou preocupado e lá vem insónia ou então são os pesadelos. Até já me pus a adivinhar com que espécie de pesadelo serei brindado... Acontece é que me sinto todo dormente, a ser levado para vale de lençóis, uma necessidade de fechar os olhos e deixar-me ir nas alturas menos próprias para o fazer. A seguir ao almoço é terrível. Bebo dois cafés, lavo a cara, caminho de um lado para o outro. Creio mesmo que esta semana que passou, houve um dia em que parado à espera que o sinal abrisse, cabeceei, dei por mim com o fulano de trás a apitar furiosamente. E ainda bem, pois sendo o primeiro da linha deixei deslizar o carro e fui avançando... Se não me salvou a vida, pelo menos evitou que eu desse cabo da lata ou ficasse magoado por algum provável embate. E a coisa que menos preciso agora é de mais problemas.
Por isso, está decidido: se esta noite não adormecer como um comum mortal lá irei eu às pírulas mágicas e aí, nem que se abra o céu, mas durmo mesmo!

1 comentário:

Alexandra disse...

Ora ainda bem que fez um parêntesis para que eu possa adiantar mais alguma leitura. Se bem que pelo que li superficialmente já pecebi que a "rua" é recorrente.

Quanto ao seu discurso de hoje temos a considerar várias coisas.Uma delas, e a que mais me toca, é o sofrimento. Sofrimento, porquê? Porque o que se esta a passar é de uma atrocidade terrível. Não é para o assustar, não é o primeiro, nem será o último a passar por estes problemas.

Normalmente temos ciclos. E, quando esses são comprometidos, acabamos por sentir na pele os seus efeitos. Eu sei, e sei que também sabe que a privação do sono
é, desde há muitos e longos anos, uma forma de tortura. E isso porque como "máquinas" que somos necessitamos do sono, tal como necessitamos de comer ou beber.

Não ponho em causa que tenha toneladas de responsabilidades, mas há que perceber quando se entrou numa espiral da qual não conseguimos sair. Daí que, quando já não conseguimos controlar... temos por aí umas coisitas q se engolem e que acabam por obrigar a fazer aquilo que o nosso corpo não quer. Não sou apologista da dependência mas... qd se chega ao ponto de colocar a integridade fisica em causa, então toma-se uma (ou as que forem necessárias) para retemperar e MAIS NADA!!!

Correndo o risco de ser maçadora, poderia ainda adiantar-lhe que... por vezes, tendemos a brincar com os nossos próprios problemas. É uma forma salutar de os tornar menos pesados. Salutar desde que tenhamos consciência disso. Daí que já tenha tentado adivinhar qual seria o próximo pesadelo com o qual seria presenteado. Acontece porém que este é "um pau de dois bicos". Se por uma lado tenta desvalorizar, por outro,o medo do que possa vira sonhar é real. E, é esse medo que por vezes nos priva das funções mais primárias. Acrescento ainda que esse medo não desvaloriza a razão, pois ele é mais que compreensível!

Sei que tem consciência de todas as questões que lhe levanto. Só as deixo porque, por vezes, estamos tão voltados para dentro de nós mesmos que nos esquecemos de algumas coisas que, afinal, são normais!

Presumo que já fiz um lençol... peço as minhas desculpas mas, quando me quiser calada, basta dizer e não existirão ressentimentos. É que eu tb tenho um problema... não sou nada sintética e ... quando começo... tendo a esquecer que há mundo!!

Bom Domingo e sobretudo DURMA BEM!! :)