30 de novembro de 2008

Pelas brasas

Como grande parte da noite de véspera fiquei de olhos abertos o dia seguinte foi penoso.
À tarde aconcheguei-me no sofá, mas determinado a não adormecer, já sabendo das consequências para a noite próxima.
Mas o corpo não quer saber destas coisas. E acompanhado de uma boa música, baixinho, fui embalando, a chuva lá fora, puxei a manta de viagem para mim, depois uma almofada.
Sentía-me mesmo bem.
Estava confortável, sorridente, no meio de amigos, conversa sem rumo.
Acordei com o coração aos pulos com o ruído da trovoada.
A chuva aumentou, agarrei no comando e desliguei a música, puxei os joelhos ao peito e aconcheguei-me no macio do sofá.
Desatei a correr, mas tanto que eu corría, ninguém me agarrava, atingi uma velocidade imensa, todos os meus amigos aos berros e gargalhadas atrás de mim, um bando de fato e gravata a comportarem-se como uns garotos! Até isso me divertía!
Novo estrondo e despertei outra vez, o coração acelerado, a cara marcada dos enfeites da almofada, os pés frios.
Levantei-me contrariado e fiquei com mau feitio até ao final do dia.

3 comentários:

X disse...

pudera, correste demasiado.
Escreves bem.
a gente não muda.
Abraços
volta sempre

The Perfect Stranger disse...

gosto muito da tua escrita.
sonhas

Teresa Durães disse...

hum... adoro adormecer no sofá, conefsso, mas normalmente não recordo o que sonho. o mesmo não se pode dizer das noites