9 de outubro de 2008

Fugir

Perseguíam-me.
Não consigo saber quem, perceber porquê.
Corro.
Sinto-os cada vez mais perto de mim, prontos a atacarem-me.
Enquanto corro pela vida penso no perigo eminente da queda, a atrapalhação das pernas ao quererem dar mais do que o que conseguem.
A fuga mantém-se por largo tempo, eu nunca páro, receio olhar para trás e vê-los ali mesmo, bastando deitar-me a mão para me agarrarem.
Sinto que se me alcançarem matam-me. Não quero morrer. Grito desesperadamente por socorro, que alguém me ajude mas desconheço onde estou e onde possa dirigir-me para me darem protecção.
Cada vez corro mais, eles nas minhas costas. Reparo que afinal não saí do mesmo sitio. Eles vão agarrar-me.
Acordo.
Não sei se estou vivo, moído de pancada.
Sei que o coração parece um cavalo. Não consigo acalmar-me.

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