12 de janeiro de 2009

Almofadas

É incrível o que um pequeno pedaço de espuma, penas, sumauma, o diabo que está lá dentro de uma almofada consegue fazer a alguém que tenta conciliar o sono. Ou seja, tira-lhe o sono, a mim foi-se, puf!
Em quarto de hotel tudo é estranho, mesmo nos estrelados, e as férias que fiz no final do ano a romper este trouxeram-me a angústia da 1ª noite em branco.
Nada na cama macia, fresca e perfumada se me aconchegava ao corpo. Embora algures, se pudessem escutar alguns sons de quem muito se aconchegava... de inicio achei piada, mas a repetição trouxe-me o aborrecimento e nem de cabeça coberta consegui abafar os ruídos.
Depois a almofada. A Almofada. A maldita almofada sem corpo, chatinha como uma folha. Soquei-a, empurrei o que tinha lá dentro para um canto e encaixei-me numa nesga do que restava.
Nada.
Uma insónia longa e dolorosa.
Suspirei pela minha cama, pelo meu travesseiro, até pelos meus pesadelos.
Pelas cinco da manhã decidira já que à hora do pequeno-almoço faría a mala e voltaría para casa, aquilo não eram férias, era tortura.
Acordei com a empregada de quartos a perguntar se podía fazer a limpeza...
E não voltei a usar a almofada.

Sem comentários: