15 de dezembro de 2008

Os morangos são vermelhos

Acordei com a moleza saborosa do conforto de uma boa cama, macia, a almofada enorme à altura ajustada do pescoço, uma cama de lençóis brancos, muito leves mas muito aconchegantes.
Espreguicei-me e fiquei a pensar como era boa a minha vida. Reparei que não havía tecto, só um dossel monumental a ondular lento. Sorri, achei bonito.
Chegou uma mulher, alta e fina como uma estatueta, a tez muito branca, cabelo longo, trepou na cama e de joelhos chegou-se a mim. Beijou-me, mal tocando os meus lábios
Depois deu-me morangos muito vermelhos, grandes, muito maduros à boca.
Enquanto os comía pensava como era bela aquela vista, tudo muito branco e o vermelho tão vivo dos morangos na minha boca.
Acordei.
Tinha os braços gelados, traçados sob a cabeça. Tapei-me. Fiquei a recordar aquele sonho de uma simplicidade tão grande que me comovi.

2 comentários:

Teresa Durães disse...

os meus sonhos, quando me lembro, são tão estranhos que não me dão exactamente paz

o Reverso disse...

mas nunca os sonhos são tão bons como a própria vida...